sexta-feira, 13 de agosto de 2010




DOMÍNIO PRÓPRIO

Leitura: Gl 5.22,23

Também chamado de temperança, autodomínio, autocontrole, moderação, esta virtude cristã implica na vitória dos desejos ou prazeres. A essência do domínio próprio ou moderação, ou ainda temperança, está nas palavras do sábio Salomão: “Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito” (Pv 25.28). Ele afirma que é melhor o homem que tem domínio próprio do que o que conquista uma cidade (Pv 16.32).O domínio próprio do cristão significa que todo o seu ser (espírito, alma e corpo) encontra-se sob o controle de Cristo, entregue a seu senhorio. Todos os aspectos de sua vida, seja o moral, físico ou espiritual estão debaixo da autoridade do Senhor Jesus, abrindo mão de exercer este direito e concedendo esta autoridade ao espírito Santo.

O apóstolo Paulo faz um contraste entre o fruto do Espírito e as obras da carne. As obras são produzidas pelo esforço, mas o fruto pela árvore, da qual devemos cuidar.Temos prazeres que foram dados por Deus, para deles gozarmos: o alimento (Ec 2.24; 3.12,13; 5.18; 8.15), o relacionamento conjugal (Ec 9.7-9). A liberdade de experimentá-los pode tornar-se licenciosidade e somente pelo espírito Santo podemos ter o controle.Cristo quer e pode controlar não somente nosso espírito, mas toda a nossa alma (mente, vontade e emoções) e nosso corpo (apetites, desejos, impulsos, instintos).Este domínio próprio faz parte do fruto do Espírito, não nasce no solo da carne humana. Não é apenas o resultado do esforço e da abnegação, da ação do Espírito Santo em cooperação com o crente.

Para isto, é necessário abrirmos mão de governarmos a nós mesmos e entregarmos este controle ao Espírito Santo (Gl 5.16).Isto não ocorre automaticamente, mas o Espírito nos ajuda a disciplinarmos a nós mesmos. Na verdade, há uma guerra pelo domínio do nosso ser (Gl 5.17). A nossa natureza não quer fazer o que é certo, mas o errado (Rm 7.18,19).Quando o Espírito Santo estiver no controle de tudo, este fruto será revelado em nossa vida e as pessoas verão a sua evidência (Mt 7.20; 12.33). Paulo apresenta o domínio próprio como um atleta que se abstém de tudo para ganhar o prêmio (1 Co 9.25-27).Mesmo as coisas que são lícitas não devem nos dominar (1 Co 6.12), mas devem ser usadas de forma a contribuir para nossa edificação e também dos outros (1 Co 10.23; Rm 14.19-21).
Fonte:
AZEVEDO, Israel Belo de. O Fruto do Espírito: A vida cristã como ela deve ser. São Paulo: Sepal, 2000.BARCLAY, William. As Obras da carne e O Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2001.KELLER, W. Phillip. Frutos do Espírito Santo. Venda Nova/MG: Betânia, 1981.

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